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« O Sporting vai nomear uma comissão interna para ouvir os antigos presidentes cujos atos de gestão levantaram dúvidas depois de concluída a auditoria de gestão solicitada pelo atual líder, Bruno de Carvalho.

Eu causa estão, pois, os mandatos de José Roquette, Dias da Cunha, Soares Franco, José Eduardo Bettencourt e Godinho Lopes, que já foram contactados no sentido de os leões saberem se estão dispostos a responder à referida comissão interna, sendo que, apurou A BOLA, até este momento apenas José Roquette manifestou total disponibilidade para marcar presença.

Caso o processo avance, e consoante as conclusões da referida comissão, de acordo com as justificações que os anteriores presidentes derem em relação aos temas a que forem questionados, o assunto será levado a Assembleia Geral, pois a última palavra pertencerá aos sócios, são eles que vão decidir se os casos devem ser julgados em tribunal ou não - já foram os associados, de resto, que também em assembleia geral deram luz verde para a atual Direção avançar para tribunal.

Há aqui, porém, dois casos diferentes, que se prendem com José Eduardo Bettencourt e Godinho Lopes, uma vez que já correm nos tribunais ações do Sporting contra ambos.

Porém, nestes casos, os leões optaram por agir primeiro por haver dúvidas relativamente à natureza da responsabilidade sobre os atos apurados e respetivos prazos de prescrição - isto é, se foram diretamente responsáveis pelos atos de gestão em causa ou se apenas tiveram conhecimento dos mesmos.

Também neste caso, e de acordo com as conclusões da comissão, e se for caso disso, o assunto será levado a Assembleia Geral, podendo as queixas ser retiradas caso seja essa a vontade dos sócios.

O assunto  está a ser tratado discretamente e ninguém quer comentá-lo publicamente, pelo menos para já.

Uma fonte leonina, no entanto, confirmou a A Bola as diligências feitas pelo clube no sentido de ouvir os antigos presidentes. «Sim, confirmamos que decidimos dar oportunidade aos anteriores presidentes de se defenderem», disse apenas.

O assunto conhecerá desenvolvimentos mal os restantes ex-presidentes se manifestem, ou não, disponíveis para conversar com a comissão interna.»

Fonte: A BOLA de 12\8 na versão em papel

 

Hoje percebe-se que tudo isto não passou de uma estratégia eleitoral, e assim continuará até ao fim. Para que haja coerência, a ver vamos se Bruno de Carvalho será julgado desta forma quando sair do Sporting. É que mesmo hoje, há tantas coisas por lhe perguntar, e tantas coisas que têm ficado sem resposta... 

Mas se ele se quer perpetuar no poder, por alguma razão será...

 

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estadio5.jpg

 

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Passaram 13 anos desde a inauguração do novo estádio.

Foi um tempo de orgulho no presente, e de muita expectativa no futuro. 

 

Infelizmente - apesar de termos estado na luta pelos títulos e de ganharmos volta e meia uma Taça de Portugal, pelo menos até 2009 - por variadíssimas razões, não ganhamos a estabilidade e a consistência possíveis para ganhar com regularidade.

 

Assim, devido a uma política de comunicação populista por parte da actual direcção, boa parte dos sportinguistas, olha para o passado, como se o clube tivesse sido assaltado, e os sócios nunca tenham elegido os presidentes de então, e como se nunca tivessem aprovado as ideias e sugestões desses presidentes nas Assembleias-Gerais. Aliás, nesse tempo, ganhavam de goleada!

 

Claro que as coisas poderiam ter corrido melhor. Mas, como em tudo, houve gente competente, como houve gente incompetente; como houve gente dedicada, e outros menos dedicados; etc.

 

E uma das pessoas que merece ter o seu nome limpo na história do Sporting, é Dias da Cunha.

 

Dias da Cunha, para além de ter ganho títulos, esteve na construção do estádio e da academia de Alcochete. E nessas duas obras, o papel de Dias da Cunha foi fundamental, e quiça, decisivo.

 

Vejamos o que diz Carlos Severino, no seu livro, Acesso ilimitado:

 

" (...) e o passivo aumentou substancialmente, embora de forma controlada por Dias da Cunha, que era praticamente o único garante para a banca credora, que continuava a financiar o Sporting com base nos avais pessoais dados sucessivamente pelo presidente.

A propósito dos avais pessoais, Dias da Cunha disse-me um dia:

- Se a minha família soubesse como me atravesso pelo Sporting punha-me as malas à porta de casa!

Na verdade, Dias da Cunha, sempre generoso até para com aqueles que muito lhe deviam, mas que à boca pequena o atacavam, colocou a sua assinatura em muitos milhões - chegou a confidenciar-me que em valores para além da sua própria fortuna pessoal -, que foram adiantados pela banca e que serviram também para tapar os buracos criados por quem tinha o pelouro do futebol e não só.

Arrisco escrever que sem os avais pessoais do ex-presidente não teria havido estádio nem academia."

 

Hoje é fácil, e até cretino, passar um atestado de menoridade à história do Sporting, e acima de tudo, a nós próprios.

 

E não, não sou um "croquete". Apenas gosto da verdade. Não gosto de mentiras e falácias, que podem dar jeito a uns quantos, menos ao Sporting, que é quem mais perde, e continuará a perder!

 

 

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