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Passaram 13 anos desde a inauguração do novo estádio.

Foi um tempo de orgulho no presente, e de muita expectativa no futuro. 

 

Infelizmente - apesar de termos estado na luta pelos títulos e de ganharmos volta e meia uma Taça de Portugal, pelo menos até 2009 - por variadíssimas razões, não ganhamos a estabilidade e a consistência possíveis para ganhar com regularidade.

 

Assim, devido a uma política de comunicação populista por parte da actual direcção, boa parte dos sportinguistas, olha para o passado, como se o clube tivesse sido assaltado, e os sócios nunca tenham elegido os presidentes de então, e como se nunca tivessem aprovado as ideias e sugestões desses presidentes nas Assembleias-Gerais. Aliás, nesse tempo, ganhavam de goleada!

 

Claro que as coisas poderiam ter corrido melhor. Mas, como em tudo, houve gente competente, como houve gente incompetente; como houve gente dedicada, e outros menos dedicados; etc.

 

E uma das pessoas que merece ter o seu nome limpo na história do Sporting, é Dias da Cunha.

 

Dias da Cunha, para além de ter ganho títulos, esteve na construção do estádio e da academia de Alcochete. E nessas duas obras, o papel de Dias da Cunha foi fundamental, e quiça, decisivo.

 

Vejamos o que diz Carlos Severino, no seu livro, Acesso ilimitado:

 

" (...) e o passivo aumentou substancialmente, embora de forma controlada por Dias da Cunha, que era praticamente o único garante para a banca credora, que continuava a financiar o Sporting com base nos avais pessoais dados sucessivamente pelo presidente.

A propósito dos avais pessoais, Dias da Cunha disse-me um dia:

- Se a minha família soubesse como me atravesso pelo Sporting punha-me as malas à porta de casa!

Na verdade, Dias da Cunha, sempre generoso até para com aqueles que muito lhe deviam, mas que à boca pequena o atacavam, colocou a sua assinatura em muitos milhões - chegou a confidenciar-me que em valores para além da sua própria fortuna pessoal -, que foram adiantados pela banca e que serviram também para tapar os buracos criados por quem tinha o pelouro do futebol e não só.

Arrisco escrever que sem os avais pessoais do ex-presidente não teria havido estádio nem academia."

 

Hoje é fácil, e até cretino, passar um atestado de menoridade à história do Sporting, e acima de tudo, a nós próprios.

 

E não, não sou um "croquete". Apenas gosto da verdade. Não gosto de mentiras e falácias, que podem dar jeito a uns quantos, menos ao Sporting, que é quem mais perde, e continuará a perder!

 

 

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