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Como já referi noutros artigos, eu era da opinião que em 2009 o ciclo de Paulo Bento tinha terminado, coincidindo com o termo do seu contracto - posteriormente renovado pelo recém-eleito presidente José Eduardo Bettencourt.
Hoje continuo a manter a mesma opinião. Aliás, todos constatamos isso passados 4 meses, quando este pediu a demissão, tal o clima insustentável que se vivia naquela altura!
Costumava dizer aos meus amigos que havia um treinador que tinha feito um excelente trabalho no Belenenses e no SC. Braga que estava à espera da sua oportunidade. Esse treinador era Jorge Jesus.
Também hoje mantenho essa opinião. Basta recordar o que foi a história do Benfica e do Sporting desde então...
Jorge Jesus foi assim para o Benfica, quando já estava na casa dos 50 anos.
Era a sua derradeira oportunidade. E logo na primeira época aproveitou-a ao máximo, com a conquista do título nacional.
Mas os ares lampionicos da Luz fizeram de Jorge Jesus um deslumbrado. Fizeram dele um homem cada vez mais vaidoso e "inchado".
Infelizmente, com o aval de um presidente igualmente deslumbrado e egocêntrico, Jorge Jesus está também a contribuir para a lampionização do Sporting.
Um treinador que aufere actualmente 8 milhões de euros\ano, e que ainda se dá ao luxo de desvalorizar o seu próprio grupo de trabalho.
Acredito que Octávio Machado pode ser um bom "bombeiro", mas o comportamento de Jorge Jesus tem tudo para arruinar o balneário, da mesma forma que já na época passada foi longe demais nas suas picardias com Rui Vitória - quando no final da época, nós, "BOLA"!
Voltando a Paulo Bento, apesar de achar que o ciclo dele tinha terminado no termo da época de 2008-2009, não faz com que eu considere que esse mesmo ciclo tenha sido negativo. Muito pelo contrário.
E ainda hoje, considero que falta fazer um reconhecimento a Paulo Bento. Não só pelos interessantes resultados, mas fundamentalmente pela forma humilde com que esteve no Sporting e defendeu acima de tudo o seu grupo de jogadores. Os jogadores eram a sua prioridade.
Com Paulo Bento, o "eu" nunca existiu.
Nessa vertente, se Jorge Jesus tivesse as características de um Paulo Bento, acredito que fosse um treinador muito melhor.
Pois não é só a táctica que conta. Há coisas tão ou mais importantes que um treino ou um esquema táctico!...
Passados todos estes anos chego à conclusão que esse mérito tem que lhe ser dado. Pessoalmente, faço aqui esse reconhecimento a Paulo Bento.
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