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Carlos Severino afirmou na CM TV, que "surgirá um candidato fortíssimo para concorrer contra Bruno de Carvalho", nas próximas eleições em Março do próximo ano.
Afirmou também, que Bruno de Carvalho, a determinado momento, "julgou que ele era o Sporting, e o Sporting era ele". E realmente, essa frase confere com tudo aquilo que muitos sportinguistas sentem em relação ao modo de estar deste "novo" sportinguismo.
Mas estas declarações, vindas de Carlos Severino, pessoalmente, deixa-me com a "pulga atrás da orelha".
Quando Carlos Severino concorreu à presidência do Sporting, este revelou-se um forte aliado de Bruno de Carvalho contra José Couceiro. Bruno de Carvalho era o principal opositor a José Couceiro, e Carlos Severino foi fundamental na eleição de Bruno de Carvalho. Isto, porque a estratégia eleitoral era semelhante. A estratégia passava por generalizar o dirigismo do Sporting do período de 1995 a 2013, e conotar José Couceiro a esse passado. Um passado em que supostamente tudo foi mau, todos foram maus, e tudo isso contribuiu para a então tristeza e desilusão dos sócios em relação à então época de 2012-2013, que culminou com um inédito 7º lugar na classificação.
Dadas as circuntancias do momento, muitos cairam na esparrela, e Bruno de Carvalho foi de facto eleito presidente do Sporting - conseguindo assim o seu emprego há muito desejado.
Tanto assim foi, que a estratégia continuaria, e Carlos Severino iria buscar o "retorno" dessa estratégia, ao ter escrito um livro exactamente sobre o passado do Sporting de 1995 a 2013, intitulado de "acesso ilimitado".
Recordemos algumas "cenas" do debate eleitoral entre Severino, Carvalho e Couceiro, e vamos ver um Bruno de Carvalho e um Carlos Severino a jogarem um "jogo duplo" contra José Couceiro.
Desde acusações de falta de currículo, de ter uma agenda própria, de ser incompetente, etc etc.
Agora, de forma surpreendente, Carlos Severino lá vai deixando no ar algumas dúvidas acerca de Bruno de Carvalho.
Não sei se o fez de uma forma completamente sincera, mas de uma forma directa ou indirecta, Carlos Severino está a fazer aquilo que - acredito eu - Bruno de Carvalho pretende.
Face ao seu fraco currículo para ser presidente de um clube como o Sporting, a sua estratégia passou pelo "dividir para reinar". E assim será até ao fim.
Bruno de Carvalho, independentemente dos resultados do futebol, tem o receio que surja esse tal "candidato fortíssimo" que lhe possa olhar "olhos nos olhos" num debate, e desmascarar todas as suas mentiras e contradições ao longo destes últimos anos.
É preciso desde muito cedo, que esse "candidato fortíssimo" seja conotado também ele, ao tal período denominado por "croquetismo".
A partir de agora, esse "misterioso" candidato - que Carlos Severino não quis revelar quem é - será acusado de "desestabilizador", e se for preciso, insinuam que foi esse candidato que esteve por trás do outdoors e dos flyers, etc etc.
O comportamento de Bruno de Carvalho é demasiado previsível, e a sua sede de poder e de protagonismo pessoal não tem limites.
Foi dito pelo próprio em Assembleia-Geral, que fora do Sporting não tem emprego, e apelou a que não o deixassem cair, pois tem família para sustentar! Surreal.
Bruno de Carvalho não se importa que o clube possa estar completamente dividido e fraturado, desde que 51% dos votos sejam a seu favor, e que consequentemente, esses 51% mantenham o seu emprego.
Portanto, no decorrer da próxima temporada, como sempre, tudo vai valer. E temo que tenhamos mais uns tristes espectáculos que só ridicularizarão o Sporting...
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